Anemia infecciosa equina: você conhece essa doença?

A transmissão da anemia infecciosa equina (AIE) se dá a partir da transferência de sangue ou derivados sanguíneos contaminados por um retrovírus da subfamília Lentivirinae, família Retroviridae

 

Anemia infecciosa equina: você conhece essa doença?

A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença de etiologia viral causada por um retrovírus da subfamília Lentivirinae, família Retroviridae.

A transmissão se dá a partir da transferência de sangue ou derivados sanguíneos contaminados, seja por via fômite ou por picadas de insetos, e ainda de forma intrauterina e seminal”, explica Maria Gazzinelli, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal.

Os principais vetores da AIE são:

Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo);

Chrisopus sp. (mosca do cervo);

Tabanus sp. (mosca do cavalo).

Mas afinal, como essa doença é detectada?

Primeiramente, observando os sintomas clínicos, que podemos dividir em duas fases da doença: aguda e crônica.


Na fase aguda, são observados os seguintes sintomas:

- Febre (letargia, diminuição do apetite, hipertermia);

- Alguns podem se apresentar anêmicos;

- Óbito: duas a três semanas.


Já na fase crônica observamos:

- Ciclos recorrentes de febre;

- Surgimento de novas linhagens antigênicas do vírus no animal infectado, a partir das frequentes mutações que o agente etiológico pode sofrer em suas glicoproteínas de suporte;

- Anemia severa, perda de peso, trombocitopenia, hemorragia e anorexia;

- Cerca de 90% sobrevivem a fase crônica e se tornam clinicamente normais.


Os casos inaparentes são fontes potenciais de infecção para outros equinos, por isso, a AIE é uma doença que causa muito prejuízo econômico em um rebanho.

Os casos da doença são de notificação obrigatória e é necessário diagnóstico negativo para o transporte de qualquer animal dentro do nosso país. O diagnóstico é feito por meio de soro resfriado em gelo ou IDAG ou Teste de Coggins (recomendado pelas normas para profilaxia do combate à AIE). Se positivo, o animal deve ser sacrificado ou isolado, de acordo com o regulamento da PNSE, e marcado com a letra A.

Para prevenção da doença, deve-se testar o animal antes de introduzi-lo ao plantel e não compartilhar agulhas, seringas ou objetos com vestígio de sangue entre os animais.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Doenças dos Equinos do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Maria Gazzinelli, Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), especialista em equinos. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

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