Coleta de sangue em aves: como proceder?

Não existe um adequado diagnóstico em avicultura sem o suporte laboratorial que, por sua vez, depende da coleta bem realizada de material, sem contaminações

Coleta de sangue em aves: como proceder?

Os principais materiais que devem ser coletados e enviados corretamente para análise são sangue, soro, vísceras, secreções, fezes e DNA.

Quando se pensa em microrganismos que podem atacar um plantel, os vírus acabam sendo os mais preocupantes, pois não há uma forma efetiva de combatê-los como os antibióticos combatem as bactérias. “Nesse caso, a prevenção surge como o melhor caminho e, para isso, o suporte do laboratório é fundamental, fornecendo diagnósticos a partir da coleta de materiais, os quais direcionarão o manejo sanitário nos galpões”, explica Marcelo Dias da Silva, Médico Veterinário e Professor do VET Profissional, que é Mestre em Agroquímica e Doutor em Zootecnia.

Outro ponto que não se pode esquecer e que, muitas vezes, passa despercebido pelos profissionais, é o exame de sangue. Por se tratar de grandes populações, muitos veterinários consideram supérflua a coleta de sangue de animais de plantel, entretanto, a amostragem fornece a ideia do que está acontecendo no lote como um todo.

Ao se coletar as amostras, deve-se ter cuidado com contaminações, pois microrganismos apontados nos resultados podem ter vindo do corpo do profissional que realizou a coleta, o que inviabiliza o diagnóstico.

A coleta de sangue das aves é realizada através da veia ulnar, sendo 3 mL/ave. Para isso, utiliza-se seringa descartável de 3 a 5 mL e agulhas de 25 x 7 mm.

Para a coleta do sangue, é preciso imobilizar a ave e abrir uma de suas asas para que a veia ulnar, que fica na parte de baixo, seja exposta. Basta inserir a seringa e coletar cerca de 3 mL de sangue.

Veia ulnar da ave

Foto - Veia ulnar da ave.

Com a seringa cheia, remover a agulha e transferir o sangue para um tubo de ensaio, o qual deverá ser identificado, pressionando o êmbolo delicadamente na borda do recipiente para evitar o rompimento de hemácias.

Se a análise for sorológica, deixar o tubo de ensaio inclinado por um tempo, até que o coágulo se forme, separando-se do soro, o qual deve ser armazenado em um tubo eppendorf, também devidamente identificado.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Aves Domésticas – Produção e Principais Doenças do VET Profissional, com o Prof. Dr. Marcelo Dias da Silva, Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Agroquímica também pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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