Na espécie bovina, a coleta é feita primordialmente utilizando-se o acesso da veia jugular. Os bovinos são mais ariscos que os equinos. Caso o veterinário tenha dificuldades para fazer a coleta de sangue na veia jugular devido ao movimento do pescoço e da cabeça do animal, a coleta pode ser feita na veia coccígea localizada na cauda.
Para realizar a coleta de amostra sanguínea utilizamos tubos a vácuo, agulhas, seringas, luvas descartáveis entre outros materiais estéreis utilizados pelo médico. “A escolha das vias de acesso irá depender do tipo de exame e da condição do paciente”, explica Waleska de Melo Ferreira Dantas, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Mestre em Medicina Veterinária e Doutora em Patologia Clínica Animal.
Ao se fazer a coleta de sangue é necessário atentar para o tipo de tubo anticoagulante que melhor preservará as características das células sanguíneas ou EDTA.
Deve-se escolher o tamanho adequado a ser utilizado em relação à quantidade de sangue que o tubo comporta, obedecendo à seguinte relação: anticoagulante x sangue. Desse modo, evita-se a ocorrência de alterações na análise das células dos pacientes.
O médico veterinário deve se atentar ao porte do paciente, pois é necessário adequar o volume de sangue a ser coletado de acordo com o tamanho do animal.
Além de escolher o tipo de tubo para coletar a amostra sanguínea, o médico veterinário também deverá definir o tipo de sistema de coleta. Há dois tipos de sistema: o fechado, a vácuo e o manual.
Qual o melhor método? A resposta para essa questão dependerá do temperamento do animal. Animais dóceis permitem ambos os métodos de coleta, mas é necessário observar se apresentam veia calibrosa capaz de suportar a pressão distinta para cada tubo no sistema a vácuo.
Para fazer a coleta de amostra de sangue de bovinos utilizaremos o sistema fechado a vácuo tanto pela veia jugular, quanto pela veia coccígea. Esse sistema é mais rápido e menos doloroso para o animal.
Após a coleta, independente do método de coleta, deve-se fazer a homogeneização adequada da amostra para que o sangue não coagule e encaminhar ao laboratório para que o hemograma completo possa ser realizado.
Aprenda mais sobre esse assunto na área Patologia Clínica Veterinária do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Waleska de Melo Ferreira Dantas, Doutora em Patologia Clínica Animal pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!