O criptorquidismo consiste na falha da deiscência testicular. Acredita-se que essa seja uma condição hereditária. A alteração pode ocorrer de forma uni ou bilateral. Contudo, os casos mais comuns são unilaterais.
A descida dos testículos de equinos para o escroto ocorre até os dois anos de idade. “Por isso, alguns animais jovens podem não apresentar o testículo na posição esperada, sem que isso signifique algum tipo de distúrbio”, explica Bruna W. de Freitas, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Medicina Veterinária.
Animais criptorquidas apresentam o testículo afetado localizado na região inguinal ou na cavidade abdominal. O testículo afetado pela criptorquidia possui uma tendência para desenvolver neoplasias devido às condições adversas às quais a gônada está sujeita. Esse quadro indica a necessidade de intervenção cirúrgica.
A etiologia do criptorquidismo ainda não está totalmente esclarecida, mas acredita-se que fatores hormonais relacionados à testosterona sejam os responsáveis pelas alterações anatômicas ocorridas em pacientes acometidos pela doença. Isso significa que pode ocorrer o encurtamento, regressão ou falhas no desenvolvimento das seguintes estruturas:
• Cordão espermático.
• Ducto deferente.
• Músculo cremaster.
• Canal inguinal.
• Gubernáculo.
O gubernáculo é a estrutura embrionária que serve de guia para a passagem dos testículos em direção ao escroto através do anel inguinal.
O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente e exame clínico associado a exames complementares. Quando o veterinário não identificar a presença da gônada nos escrotos por meio da palpação, deve proceder à palpação inguinal seguida da palpação transretal a fim de localizar o testículo criptorquídico.
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