Equino apresentando o jarrete do membro pélvico direito edemaciado: quais exames necessários para detectar a enfermidade?

Uma égua apresentando alteração no jarrete direito precisa ser examinada para detecção da enfermidade que a acomete. Vejamos como deve-se proceder

Equino apresentando o jarrete do membro pélvico direito edemaciado: quais exames necessários para detectar a enfermidade?

O exame físico geral deve sempre ser realizado em animais atendidos a campo com queixas de problemas no sistema locomotor, pois muitas vezes cursam com episódios crônicos de dor”, explica Lorena Chaves Monteiro, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestra em Medicina Veterinária.

O exame físico se inicia pela Inspeção, realizando a avaliação de escore corporal, postura no ambiente, grau de alerta e de consciência, aumento de volume em região de veia jugular, ferida em membros e proeminências ósseas.

Em seguida realiza-se a Palpação, com avaliação dos olhos; da boca; do turgor cutâneo; dos linfonodos parotídeos, submandibulares e pré-escapulares e do jarrete afetado.

Não se deve esquecer-se de realizar a Auscultação dos sistemas respiratório, cardíaco e trato gastrointestinal. Sem anormalidades na paciente e também da Aferição da temperatura sendo 37,5°C o valor considerado dentro dos padrões normais.

Depois dos exames físicos gerais, passa-se para as etapas do exame específico do sistema locomotor.


a) Exame de claudicação

Inicia-se com a inspeção do animal, verificando conformação, aprumos, apoio, presença de atrofias musculares nos membros acometidos e efusões articulares.

b) Palpação do sistema locomotor (músculo esquelético)

A palpação deve ser iniciada de baixo para cima do corpo do animal (distal para proximal). Iniciando pela avaliação de cascos, utilizando uma pinça e limpador de casco. Esse procedimento deve ser feito nos 4 membros, pois o paciente pode estar com algum corpo estranho em outra pata que não seja a da queixa principal.

Nesse momento, passa-se para as estruturas acima do casco: como a quartela, sesamoides proximais e ligamento suspensor do boleto. Em seguida, realiza-se uma inspeção dinâmica: animal se deslocando em linha reta no passo e na marcha, para fornecer informações relevantes das estruturas envolvidas na patologia.

Agora é a vez do teste de flexão: o membro afetado deve ser imobilizado e flexionado durante 1 minuto. Após isso, solta o animal para andar em marcha.

Deve-se ter em mente que, sempre que existir a presença de efusão articular no tarso, associada a uma claudicação, deve ser feita a avaliação ultrassonográfica da membrana sinovial, pois o animal pode estar cursando, juntamente com a alteração óssea, uma sinovite.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Casos Clínicos – Grandes Animais do VET Profissional, com o Prof. Dr. Guilherme Costa Fausto, Mestre e Doutor em Medicina Veterinária na área de Biotecnologia, Diagnóstico e Controle de Doenças dos Animais e com a Prof.ª M.ª Lorena Chaves Monteiro, Mestra em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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