Estômago simples de animais domésticos: conheça as características dessa estrutura em alguns animais

A digestão se inicia pela boca, com a digestão mecânica (mastigação). Já no estômago, ocorre a digestão química dos alimentos, com a presença do suco gástrico

Estômago simples de animais domésticos: conheça as características dessa estrutura em alguns animais

O estômago é a porção dilatada do aparelho digestório responsável pela transformação química do alimento, o qual recebe a ação de enzimas, sendo transformado em partículas diferentes. Além dessas enzimas, o estômago produz ácido clorídrico, que é altamente corrosivo e apresenta um pH bem baixo.

Os carnívoros (cães e gatos) apresentam uma alimentação rica em nutrientes e de fácil digestão, não exigindo um estômago muito grande, uma vez que uma pequena quantidade de comida já supre o animal”, explica Marcelo Lopes de Santana, Médico Veterinário e Professor do VET Profissional, que é Doutor em Morfologia Animal e Mestre em Medicina Veterinária.

Por outro lado, os onívoros (suínos) apresentam uma alimentação mista, o que reflete em seu trato digestório, que é mais desenvolvido que o dos carnívoros e menos do que o dos herbívoros.

Estes últimos (ruminantes e equinos), por sua vez, são os que apresentam a dieta mais difícil de ser absorvida, necessitando de grandes estômagos para realizar o processo digestivo. No caso dos ruminantes, o estômago vai desde o diafragma até a região pélvica, ocupando quase toda a cavidade abdominal no antímero esquerdo.

Já os equinos apresentam uma diferença; grande parte da sua digestão acontece no intestino, que tem o tamanho muito superior ao dos outros animais domésticos.

Os animais carnívoros (cães e gatos) apresentam uma particularidade em relação ao estômago. A cárdia, primeira porção onde chega o alimento, é muito mais ampla que nos demais animais domésticos, permitindo que os cães e gatos regurgitem com facilidade, ou seja, vomitem o conteúdo estomacal. Isso acontece não apenas por alguma dificuldade na digestão, mas também como aspecto de defesa; quando o animal fica acuado, ele vomita e evacua, ficando mais leve e ágil para uma possível fuga.

Nos suínos, é fácil identificar uma saculação conhecida como divertículo ventricular. No animal vivo, tal estrutura possibilita a distenção, aumentando ainda mais o volume do estômago. Além disso, esses animais apresentam o toro pilórico, que é o espessamento de uma parte da região pilórica responsável por dificultar o refluxo intestinal de volta ao estômago.

Já nos equinos, uma característica marcante é a cárdia extremamente estreita e musculosa, que praticamente impede esses animais de vomitarem. Dessa forma, quando o estômago fica muito cheio, há mais chances dele se romper do que do animal conseguir regurgitar, o que deve ser visto com atenção pelos veterinários, a fim de drenar o conteúdo estomacal nesses casos. Além disso, os equinos possuem a margem pregueada, que realiza uma separação da mucosa gástrica na parte interna do estômago.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Anatomia Veterinária – Anatomia Sistemática dos Animais Domésticos do VET Profissional, com o Prof. Dr. Marcelo Lopes de Santana, Doutor em Morfologia Animal pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Medicina Veterinária também pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

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