Exames neurológicos em cães e gatos: como proceder?

O exame neurológico exige que o médico faça o exame físico geral do paciente, avaliando também as doenças neurológicas concomitantes

Exames neurológicos em cães e gatos: como proceder?

O exame neurológico específico deve ser realizado depois do exame físico do animal. O objetivo é descrever as anomalias neurológicas apresentadas pelo paciente e, principalmente, localizar a lesão. Desse modo, é fundamental que o clínico conheça detalhadamente os aspectos relativos à neuroanatomia em cães e gatos.

A partir dos diagnósticos diferenciais para cada paciente, o clínico deverá escolher quais exames complementares serão necessários para o descarte de diagnósticos diferenciais alcançando, desse modo, diagnóstico definitivo e prognóstico do paciente”, explica Gustavo Carvalho Cobucci, médico veterinário e professor do VET Profissional que é Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos.

Os exames complementares frequentemente utilizados para auxiliar diagnósticos neurológicos são: líquor, RX, mielo, TC, mielotomo, RM, exames laboratoriais, eletrodiagnóstico, biópsias.

Os principais componentes a serem avaliados durante o exame são:

1. Estado mental e comportamento
2. Postura e atitude
3. Locomoção
4. Nervos cranianos
5. Reações posturais (propriocepção)
6. Reflexos espinhais
7. Sensibilidade dolorosa


Procure realizar o exame na mesma ordem de avaliação dos componentes neurológicos escolhida por você. Deixe as manipulações que possam provocar dor ao animal para o final do exame.

Em algumas situações clínicas, durante o atendimento de pacientes politraumatizados, a ordem do exame deverá ser alterada para minimizar movimentações excessivas que podem agravar as lesões.

É importante que o animal seja retirado da mesa de atendimento durante a consulta. Alguns componentes do exame neurológico, tais como comportamento, postura, marcha e reações posturais são avaliados de modo mais eficaz quando o animal está fora da mesa de atendimento, e em uma superfície plana e não escorregadia. O clínico deve ter cuidado ao manipular animais com alterações na coluna vertebral.

Os gatos podem ser avaliados na mesa de atendimento, mas é importante que essa esteja coberta com material antiderrapante, por exemplo, mantas de borracha.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Semiologia Veterinária do VET Profissional, com os professores: Prof.ª Dr.ª Kelly Cristine de Sousa Pontes, Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia, pela Leiden University – Holanda, Doutora em Cirurgias pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, pela mesma instituição; Prof.ª Dr.ª Waleska de Melo Ferreira Dantas, Doutora em Patologia Clínica Animal pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa; Prof.ª M.ª Ludmila Souza, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa; Prof.ª Dr.ª Raffaella Bertoni, Pós-doutora na área de Biologia Molecular Equina pela University of Minnesota, Mestre em Clínica Veterinária pela University of Minnesota e PhD em Clínica Veterinária pela University of Minnesota; Prof. M.e Gustavo Carvalho Cobucci, Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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