Família Reoviridae: conheça os vírus dessa família de importância veterinária!

A família Reoviridae é composta por 11 gêneros de importância, sendo os principais: Orthoreovirus (de importância principalmente em aves), Rotavirus (pode afetar bezerros, cordeiros, cabritos, suínos, causando diarreias virais) e Orbivirus (causa uma enfermidade muito importante, chamada de “Língua Azul”, muito incidente nos ovinos e que pode acometer várias espécies, de forma mais moderada); estes dois últimos possuem mais relevância para a medicina veterinária no Brasil.

O gênero Rotavirus tem tropismo pelas células epiteliais das vilosidades, causa redução da capacidade absortiva, apresenta uma diversidade genômica muito grande, por conta de mutações pontuais, recombinação gênica, e rearranjos genômicos. “Os vírus do gênero Rotavirus causam diarreia em animais jovens: suínos, bovinos, aves, equinos, cães, gatos e muitos outros, principalmente animais que estão em criações intensivas”, explica Magna Coroa Lima, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Doutora em Medicina Veterinária e Mestre em Zootecnia.

O Orbivirus causa doenças diversas em diferentes países. No entanto, no Brasil, só temos o vírus da “Língua Azul”, uma doença infecciosa, não contagiosa. A principal forma de transmissão ocorre pelo mosquito (vetor: gênero Culicoides). Essa doença possui ocorrência mundial, sendo os ovinos os mais afetados.

Os principais sinais clínicos apresentados pelos animais infectados por “Língua Azul” são: edema de face, lábios, língua ou mandíbula (que ficam vermelhos ou cianóticos, o que justifica o nome da doença), febre e perda de peso, perda de pelo e lã, além de cheiro ruim na boca do animal.

Para o diagnóstico das enfermidades causadas pelos vírus da família Reoviridadae, destacam-se: o vírus que causa a “Língua Azul” e o Rotavirus, pois, como já dito, possuem relevância imensa para a medicina veterinária). Para o vírus da “Língua Azul” existem vários testes, dentre eles: ELISA competitivo e a técnica do IDGA, porém, como pode ter reação cruzada, a OIE recomenda outras provas, como: a imunofluorescência direta e os testes de inoculações.

Já para Rotavirus, tanto em animais quanto em humanos, só têm kits comerciais e, geralmente, é feita uma pesquisa de anticorpos contra esse vírus. Além disso, comercialmente, só é possível encontrar testes padronizados para o grupo A.

Aprenda mais sobre esse assunto na área Microbiologia Veterinária do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Magna Coroa Lima, Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Zootecnia pela mesma instituição. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!