Mastite: doença muitas vezes provocada por humanos. Entenda!

A mastite é uma doença muito conhecida por produtores de leite, devido ao prejuízo que provoca na produção. Porém, muitas vezes, sua causa é desconhecida por eles

Mastite: doença muitas vezes provocada por humanos. Entenda!

As mastites correspondem à principal enfermidade que acomete rebanhos leiteiros em todo o mundo.

“Caracterizam-se por processo inflamatório, quase sempre decorrente da presença de microrganismos infecciosos (bactérias, em 70% dos casos) que causam alterações físico-químicas no leite”, explica Rafaella Bertoni, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Pós-doutora na área de Biologia Molecular Equina. Geram prejuízos econômicos e diminuição na produção e qualidade do leite.

Há um forte interesse humano em aumentar a produção de leite. Ao longo dos anos, isso promoveu a seleção de animais com grande capacidade de produção leiteira, entretanto também favoreceu a prática de hábitos ruins em relação à ordenha imprópria, tais como: mãos sujas, máquinas mal calibradas e a falta de higiene ambiental.

Enquanto o melhoramento genético teve como foco a produção leiteira, os avanços tecnológicos e científicos ignoraram outras características e demandas em relação à prática da produção de leite. Em consequência, a ordenha imprópria continua favorecendo a proliferação de mastites.

A maior consequência da ordenha imprópria é o desenvolvimento de mastites. Há mastites de diversos tipos, veja quais são os critérios utilizados para classificá-las:

Formas clínicas: mastites que apresentam sinais evidentes (visíveis) de alterações na glândula mamária ou no leito. Exemplos: mastite catarral, mastite apostematosa ou flegmonosa.
Agente etiológico: ambiental (o agente provém do meio ambiente) ou contagioso (oriundo de animais infectados).
Formas subclínicas: mastites que causam alterações não evidentes nas glândulas mamárias.

As formas subclínicas de mastite são predominantes e causam grandes perdas econômicas aos produtores de leite por não apresentarem sinais clínicos visíveis. O diagnóstico desse tipo de mastites exige exames complementares do leite realizados em laboratórios.

Ilustração – Principais rotas de transmissão de mastite em bovinos.

Ilustração – Principais rotas de transmissão de mastite em bovinos.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Semiologia Veterinária do VET Profissional, com os professores: Prof.ª Dr.ª Kelly Cristine de Sousa Pontes, Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia, pela Leiden University – Holanda, Doutora em Cirurgias pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, pela mesma instituição; Prof.ª Dr.ª Waleska de Melo Ferreira Dantas, Doutora em Patologia Clínica Animal pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa; Prof.ª M.ª Ludmila Souza, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa; Prof.ª Dr.ª Raffaella Bertoni, Pós-doutora na área de Biologia Molecular Equina pela University of Minnesota, Mestre em Clínica Veterinária pela University of Minnesota e PhD em Clínica Veterinária pela University of Minnesota; Prof. M.e Gustavo Carvalho Cobucci, Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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