Quais os tipos de mastite?

A mastite é uma doença que afeta a qualidade do leite produzido pelas vacas

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Os produtores de leite sabem que a mastite é uma doença que merece atenção. Isso porque ela exerce influência direta na qualidade do seu produto principal: o leite. Além de prejudicá-lo, também produz prejuízos financeiros diretos, devido à necessidade de tratamento dos animais doentes.

Paolo Vivenza, Médico Veterinário e professor do VET Profissional, que é Mestre e Doutor em Nutrição e Produção Animal, ressalta que "a mastite causa alterações físico-químicas na composição do leite, ocasionando grandes prejuízos aos produtores rurais". Identificar os tipos de mastite que acometem o rebanho e os principais agentes causadores, além de suas fontes de infecção, é fundamental para produtores e veterinários, de forma a realizar o tratamento mais eficaz.

O que é a Mastite?


A mastite é uma doença muito comum em vacas leiteiras, resultado de uma infecção nas glândulas mamárias, causada por microrganismos como fungos e bactérias. Pode se apresentar de duas formas: a clínica, quando o animal apresenta sintomas físicos, como inchaço nas mamas, vermelhidão, presença de grumos e/ou pus no leite, entre outros; e a subclínica, que pode passar despercebida por não apresentar sintomas físicos, produzindo alterações no leite que prejudicam a sua qualidade.

Quais são os tipos de mastite?


Existem dois: a mastite subclínica e a mastite clínica:

- Subclínica

Esse tipo da doença pode ocorrer em qualquer estágio do período de lactação da vaca, provocando um aumento da contagem de células somáticas. Pode ser transmitida pelas mãos do ordenhador, pelos panos utilizados na secagem dos tetos, pelas esponjas utilizadas na limpeza das mamas ou pelas teteiras, transmitida de quartos doentes para sadios, que podem ser do próprio animal ou de outros animais.

- Clínica

Se apresenta de três formas: leve, moderada e aguda.

Leve: produz apenas alterações no leite, como grumos, traços de sangue ou leite aguado.
Moderada: além de alterações no leite, provoca alterações nas mamas, que incham, ficam vermelhas, apresentam edemas ou quarto afetado enrijecido.
Aguda: Além de alterações no leite e na mama, também produz sintomas nos animais, como febre, depressão acentuada, pulsação fraca, olhos fundos, fraqueza e anorexia, podendo até causar a morte.

Como prevenir e controlar a mastite?


No ambiente estão presentes boa parte dos microrganismos que podem causar a mastite, devendo ser higienizado corretamente, em todos os lugares que as vacas circulam. A temperatura e a umidade do local também devem ser controladas, para evitar a multiplicação e sobrevivência desses agentes nocivos. A sala de ordenha deve entrar nessa “lista de locais a serem higienizados”, bem como os instrumentos e as mãos do ordenhador.

Em relação ao animal, é preciso cuidar da alimentação, limpeza e bem-estar, de forma a evitar o estresse e para que os animais possuam boa imunidade. Antes e após a ordenha, os tetos devem ser desinfetados.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica Médica de Bovinos do VET Profissional, com o Prof. Dr. Paolo Vivenza, Mestre e Doutor em Nutrição e Produção Animal pela Escola de Veterinária da UFMG, e com o Prof. Dr. Pedro Henrique de Araújo Carvalho, Mestre em Zootecnia - Nutrição Animal pela mesma universidade, e Doutorando em Nutrição de Ruminantes também pela UFMG. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!


Fonte: Syntec – syntecvet.com.br
por Renato Rodrigues

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