Quais são os dados que devem ser coletados antes de iniciar um exame ginecológico em éguas?

O exame ginecológico é de suma importância para verificar qualquer anormalidade relacionada a égua que possa comprometer sua eficiência reprodutiva. Mas antes de iniciar esse exame, precisamos conhecer mais sobre o animal

Quais são os dados que devem ser coletados antes de iniciar um exame ginecológico em éguas?

O exame ginecológico abrange técnicas diversificadas, além da palpação transretal e ultrassonografia. O médico veterinário deverá considerar cada uma das etapas de modo sistemático para que possa avaliar o exame clínico reprodutivo completo da égua.

O exame ginecológico deve ser criterioso e metódico”, explica Maria Gazzinelli Neves, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal. Ao todo, possui três fases:

• Fase 1: coleta de dados.
• Fase 2: exame clínico.
• Fase 3: exames laboratoriais.

A coleta de dados inclui a idade do indivíduo, histórico reprodutivo e avaliação do escore corporal.

Quando não se tem o registro da data de nascimento do animal, deve-se estimar a idade observando a cronologia dentária. O desgaste dentário possibilita fazer a avaliação da idade do animal. É preciso observar a presença de dentes caducos (dentes de leite) ou definitivos. Observe também se há desgaste das pinças e rasamento de dentes médios.

É preciso avaliar também o histórico reprodutivo da égua. Éguas muito jovens, com até 4 anos de idade, também apresentam fertilidade comprometida devido ao útero que pode ser considerado imaturo.

Outro ponto que merece atenção durante o exame ginecológico é avaliar o escore corporal da égua, pois se sabe que o escore corporal está intimamente relacionado com a fertilidade do animal.

A avaliação do escore corporal é feita em uma escala de 1 a 9, em que:

1 - animal extremamente magro.

9 - animal obeso.

Éguas com escore corporal 5 são candidatas ideais para programas de reprodução. Nesse índice de score corporal, não conseguimos ver as costelas do animal, mas pode-se facilmente palpá-las.

Animais com baixo escore corporal ou muito magros tendem a apresentar cios mais longos, falhas na reprodução, falhas na maturação do oócito e consequente redução da fertilidade. Fêmeas com alto escore corporal ou obesas, quando gestantes, poderão ter problemas na hora do parto apresentando quadros de distocia, redução na produção de leite etc.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Reprodução Equina do VET Profissional, com os professores: Prof.ª Dr.ª Maria Gazzinelli, Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), especialista em equinos; Prof. Dr. Márcio Menezes, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em foliculogênese e endocrinologia do estral, análises hormonais, criopreservação de sêmen, inseminação artificial e transferência de embriões equinos; Prof.ª Dr.ª Bruna de Freitas, Mestre e Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em fisiopatologia da reprodução animal, ginecologia e andrologia animal e biotécnicas aplicadas à reprodução animal. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

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