Répteis: o que é preciso saber sobre esses animais como pacientes?

A classe dos répteis difere bastante das outras classes de animais estudadas no curso de veterinária. Desse modo, para a abordagem clínica desses animais, é preciso conhecer suas particularidades

Répteis: o que é preciso saber sobre esses animais como pacientes?

Estudar sobre pets exóticos ou não convencionais é muito importante para o médico veterinário porque se trata de animais cada vez mais recorrentes nos consultórios e dentre esses animais se encontram os répteis.

Os répteis são animais heterotérmicos, ou seja, não produzem calor através do seu metabolismo, os répteis dependem de fontes externas de calor”, explica Letícia Bergo Coelho Ferreira, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestra em Morfofisiologia dos Animais Domésticos e Selvagens.

O metabolismo desses animais é diretamente dependente de aquecimento, desse modo, suas taxas metabólicas oscilam muito ao longo do dia. Essa variação metabólica afeta os processos patológicos, que podem demorar para se manifestar ou para se instalar devido ao fato de os répteis apresentarem metabolismo mais lento. Do mesmo modo, os sinais clínicos também acabam sendo mascarados por esse fenômeno. Por isso, é muito importante que o proprietário do animal conheça muito bem o seu ciclo circadiano.

Em casos de o manejo ambiental e alimentar do animal não suprir as necessidades de cada espécie de forma adequada, eles podem desenvolver distúrbios metabólicos ao longo da vida. Por isso, ao marcar a consulta, é preciso obter certas informações sobre o paciente.

Entre essas informações está histórico do paciente, sendo este considerado a parte mais importante para se chegar a um bom diagnóstico.

Esse histórico consiste em:

• Saber a origem do paciente, onde ele nasceu; quanto tempo ele viveu no local de origem; quanto tempo ele vive com o seu atual responsável;

• Conhecer as condições ambientais do local onde ele vive; se tem contato com o calor, com radiação solar diretamente na pele ou outra fonte de radiação ultravioleta B; se o tamanho do ambiente onde o animal vive é adequado para o seu tamanho; e se o ambiente é adequado para a espécie;

• Se informar sobre os processos de ecdises anteriores, se ocorreram de forma normal; enfim, perguntar tudo o que aconteceu ao animal antes de adoecer.

Muitas vezes, a partir do histórico de vida já é possível um diagnóstico diferencial, pois muitos dos problemas que os répteis desenvolvem se devem a problemas de manejo inadequado. Porém, é preciso muito cuidado para não pular etapas ao realizar o exame físico pensando nos problemas que o paciente pode ter. Por isso, é preciso realizar uma avaliação a distância do animal, e em seguida um exame físico de qualidade.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica e Manejo de Animais Silvestres e Pets Exóticos do VET Profissional, com a Prof.ª M.ª Letícia Bergo Coelho Ferreira, Mestra em Morfofisiologia dos Animais Domésticos e Selvagens. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

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