Tarso de equinos: você, médico veterinário, lembra-se de quais são as anormalidades ultrassonográficas encontradas nessa estrutura?

Equinos de vida atlética podem apresentar alterações na articulação do tarso, sendo essas diagnosticadas através de exames ultrassonográficos

Tarso de equinos: você, médico veterinário, lembra-se de quais são as anormalidades ultrassonográficas encontradas nessa estrutura?

Estudos apontam que aproximadamente 80% dos equinos atléticos da raça Manga Larga Marchador chegam a apresentar alterações na articulação do tarso, as quais só encerrarão a vida atlética do animal se diagnosticadas tardiamente. Assim, o exame ultrassonográfico dessa articulação se faz fundamental, uma vez que suas imagens conseguem detectar afecções ainda em estágios iniciais, não apenas quando a articulação já está comprometida, como acontece com as radiografias.

Lorena Chaves Monteiro, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestra em Medicina Veterinária, explica que as principais estruturas que são avaliadas na ultrassonografia do tarso são:

- Estruturas da camada superficial: Região dorsal (tendão extensor digital longo; tendão extensor digital lateral; tendão fibular terceiro; tendão do músculo tibial-crania), Região lateral (tendão extensor digital longo; tendão do músculo extensor digital lateral; tendão do músculo fibular terceiro), Região medial (tendão do músculo fibular terceiro; ligamento colateral longo do tarso).
- Estruturas da camada mais profunda: Região dorsal (crista troclear medial do tálus e crista troclear lateral do tálus; ligamentos colaterais), Região lateral (lateral – ligamento colateral lateral longo; ligamento colateral lateral curto; tróclea lateral do tálus), Região medial (ligamento colateral medial longo; ligamento colateral medial curto; tróclea medial do tálus).


Anormalidades ultrassonográficas do tarso:

Sinovite – Só é visível por meio da ultrassonografia. Caracteriza-se pelo aumento do líquido sinovial. É comum em animais que sofreram traumas e têm osteoartrite crônica.
Artrite séptica – Caracteriza-se pela presença de conteúdo ecogênico heterogêneo no espaço articular.
Osteomielite – Ocorre principalmente em potros cuja cura do umbigo foi mal feita e em animais com quadros de artrite séptica evoluída. Infecção óssea caracterizada por imagem com superfícies irregulares e presença de conteúdo heterogêneo dentro da articulação.
Sequestro ósseo – Problema observado com mais frequência em animais mais agitados e que costumam escoicear. Observa-se uma superfície óssea tibial com alteração.
Fisite – Também mais comum em potros com cura do umbigo mal feita, caracteriza-se pela inflamação das placas fisárias. Na ultrassonografia, é possível observar alteração no espaço fisário, com ecogenicidade heterogênea, e irregularidades na superfície óssea da tíbia.
Desmopatias – Desencadeadas por esforço excessivo e traumas que causam lesões nos ligamentos colaterais, e até pequenas fraturas por avulsão. Caracterizam-se por fragmentações ósseas e perda da linearidade das fibras do ligamento.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Diagnóstico por Imagem de Grandes Animais do VET Profissional, com a Prof.ª M.ª Lorena Chaves Monteiro, Mestra em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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