Ceratotomia em ponto para tratamento de úlcera corneal indolente em animais

Problema muito comum em cães, com idade de oito e nove anos, a úlcera corneal indolente caracteriza-se pela sua dificuldade em cicatrizar, devido a um defeito na aderência do epitélio a sua membrana basal

Ceratotomia em ponto para tratamento de úlcera corneal indolente

Entre as nomenclaturas encontradas na literatura para a úlcera corneal indolente, a mais utilizada atualmente é defeito epitelial corneano crônico espontâneo.

Esse tipo de alteração na córnea ocorre quando há falha na reparação normal da lesão de córnea. Esse problema acomete quase todas as raças, sendo mais comum em cães da raça Boxer”, explica Kelly Cristine de Sousa Pontes, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, Doutora em Cirurgias e Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia.

Como se chega ao diagnóstico?

Suspeita: durante tratamento de úlcera de córnea, não ocorre epitelização em 1 e 2 semanas, o que, normalmente, ocorre em, no máximo, 7 dias, desde que seja identificada e removida a causa.
São mais acometidos animais com idade de 8 e 9 anos;
A lesão é identificada clinicamente a partir da observação de um anel de epitélio solto ao redor da úlcera;
• Halo menos intenso com fluoresceína devido a sua difusão por baixo do epitélio solto.


Ceratotomia em ponto

A Ceratotomia consiste em causar lesões na córnea para estimular as células a se multiplicarem e fechar a lesão.

Prática

• Além de todos os procedimentos pré-cirúrgicos, para esse procedimento é preciso debridar todo o tecido epitelial solto utilizando pinça, tesoura e haste flexível estéril.
• Com o porta agulha, pega-se a agulha de insulina o mais próximo possível da extremidade, deixando livre apenas a pontinha do bisel para garantir que não ocorrerá a perfuração da córnea.
• Perfura-se, parcialmente, com a ponta da agulha, tanto a região da córnea afetada pela úlcera como a parte saudável para estimular a proliferação celular.
• É preciso utilizar magnificação e o paciente precisa estar sob anestesia geral.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Oftalmologia Veterinária do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Kelly Cristine de Sousa Pontes, Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia, pela Leiden University – Holanda, Doutora em Cirurgias pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, pela mesma instituição. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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