A articulação coxofemoral é responsável pela sustentação do quadril e pelo movimento dos membros pélvicos dos animais. A displasia coxofemoral é causada pela incongruência entre duas estruturas ósseas quando a cabeça do fêmur passa a não mais se encaixar no acetábulo da articulação coxofemoral.
A displasia coxofemoral é hereditária. “Trata-se de uma doença articular degenerativa que corresponde à enfermidade com maior número de casos em clínicas de fisioterapia animal em todo o mundo”, explica Ana Carolina Silva Faria, Médica Veterinária, Fisiatra e professora do VET Profissional, que é Mestra em Medicina Veterinária.
Os pais transmitem o gene da doença aos filhotes, contudo, a enfermidade só irá se manifestar de acordo com a incidência de fatores que propiciam condições favoráveis ao desenvolvimento da displasia, como: nutricionais, ambientes, raciais, genéticos e fraqueza muscular hereditária.
Normalmente, animais com 1 a 2 anos de idade já apresentam os primeiros sinais da doença. Contudo, alguns animais acometidos pela displasia coxofemoral podem apresentar os sintomas tardiamente, aos 5 ou 6 anos de idade.
Com a evolução da doença, o nível de claudicação pode ficar mais acentuado. Veja os diferentes graus de claudicação e as características em pacientes com displasia coxofemoral:
• Grau 0 - Normal.
• Grau 1 - Claudicação leve após exercícios.
• Grau 2 - Claudicação ao caminhar e correr.
• Grau 3 - Claudicação ao caminhar elevando o membro ao correr.
• Grau 4 - Impotência funcional ao caminhar, mas o paciente é capaz de encostar a pata parcialmente no solo quando permanece em estação.
• Grau 5 - Impotência funcional mesmo ao permanecer em estação.
O exame físico do membro pélvico indicado para diagnóstico da doença é o Teste de Ortolani. Contudo, a suspeita de displasia coxofemoral pode ser confirmada por meio de exames de imagem. O exame de radiografia é fundamental para confirmação do diagnóstico.
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