Estudantes de veterinária: como deve ser o exame do sistema locomotor dos equinos?

Quando recebemos animais com claudicação, deve-se, além de realizar a anamnese, observar possíveis anormalidades anatômicas e defeitos de aprumo, inspecionar o movimento do animal e os membros das regiões distal e proximal

Estudantes de veterinária: como deve ser o exame do sistema locomotor dos equinos?

Ao se encontrar com o proprietário, além dos dados de reconhecimento do animal, como sexo, idade, raça etc., o veterinário não pode deixar de coletar informações como, a queixa principal e os acontecimentos que levaram ao surgimento da queixa, há quanto tempo está apresentando os sintomas, se o animal tem histórico de problemas relacionados ao sistema locomotor e quais atividades o animal desempenha do dia a dia.

Além disso, mesmo a suspeita do problema envolvendo apenas o sistema locomotor, é importante a inspeção geral do animal”, explica Maria Gazzinelli Neves, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal, notando:

• Se ele distribui seu peso homogeneamente entre os membros quando está parado.
• Se ele demonstra sinais de dor ou qualquer outro desconforto.
• Se ele apresenta alterações no comportamento.
• Sua condição corporal.
• Anormalidades anatômicas e assimetrias.


Os aprumos do cavalo devem ser dispostos de tal maneira que seja possível encaixá-lo, imaginariamente, dentro de um quadrilátero. São linhas de referências que, quando não obedecidas, indicam defeitos totais ou parciais de aprumos.

Após identificar os problemas em estática, deve-se fazer a inspeção em movimento, observando o grau de claudicação, o(s) membro(s) afetado(s) e se o problema locomotor é secundário a um problema neurológico.

O veterinário deve ficar distante para observar o equino caminhando de frente, de perfil e de trás, pois assim fica mais fácil identificar a simetria/assimetria corporal, o balanço normal/anormal do seu corpo, arco de suspensão e seu equilíbrio ao caminhar com a cabeça erguida ou em círculos, tudo isso em diferentes tipos de pisos. Importante também averiguar a propiocepção do animal.


Para a inspeção da região distal dos membros:

• O exame deve seguir o sentido disto-proximal: casco, quartela, boleto e caneca.
• Observar presença de feridas, massas, inchaços, dor, mobilidade das articulações, colorações diferentes, falhas nos pelos e angulações.
• Realizar o teste de flexão e extensão.
• Deve-se comparar o membro afetado com o seu contralateral para verificar assimetria.
• São utilizadas palpação, flexão e pinças de casco.


Para a inspeção da região proximal dos membros, devem ser seguidos os mesmos procedimentos adotados para a inspeção da região distal.

O teste de flexão e extensão deve ser feito no membro suspeito e no seu contralateral para efeito de comparação. Deve-se flexionar o membro e, em seguida, colocar o animal em movimento, a fim de observar a claudicação e o equilíbrio, e depois estender e colocá-lo em movimento, observando os mesmos sinais.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica Médica de Equinos do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Maria Gazzinelli, Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), especialista em equinos. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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