Exame físico em lagartos: quais são os cuidados necessários?

Para se examinar lagartos e répteis em geral, deve-se conhecer muito bem as características desses animais, pois fogem dos padrões dos pets tradicionais

Exame físico em lagartos: quais são os cuidados necessários?

É de extrema importância conhecer as características dos répteis, uma vez que fogem dos padrões dos pets tradicionais. Além disso, atualmente, há grande demanda por se criar répteis em cativeiro como animais de estimação.

“Lembre-se que a avaliação à distância deve ser feita antes do exame físico e, após essa avaliação, é feito o exame físico propriamente dito. Esse procedimento consiste em pesar e medir o animal”, explica Letícia Bergo Coelho Ferreira, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestra em Morfofisiologia dos Animais Domésticos e Selvagens.

É de extrema importância que o médico veterinário conheça a biologia e o comportamento dos répteis. O bom clínico é aquele que reconhece o que é normal em cada espécie: sem esse conhecimento da normalidade, do que é esperado encontrar em um animal sadio, não será possível avaliar o que é patológico.

É preciso destacar que o exame físico deve ser detalhado. Não se deve pular etapas por ter, durante o histórico clínico, detectado diagnóstico diferencial.

Um dos primeiros procedimentos realizados durante o exame físico é a auscultação. Devido à presença de uma pele muito grossa, a auscultação em lagartos é mais dificultada. Desse modo, caso não se consiga auscultar os batimentos cardíacos e o movimento respiratório, pode-se colocar um chumaço de algodão úmido no estetoscópio que funcionará de interface entre o corpo do animal e o instrumento, favorecendo a passagem do som.

Para fazer auscultação cardíaca, deve-se posicionar o estetoscópio na região ventral; para verificar os movimentos respiratórios, posiciona-se o estetoscópio na porção dorsal e região caudal.

Após a auscultação, inicia-se a inspeção e a palpação do paciente:

Pele: observar pigmentação e se está realizando a ecdise;
Cabeça: verificar se está simétrica;
Olhos: verificar se estão brilhantes; observar simetria; verificar se não há ácaros ou carrapatos nas pálpebras;
Narinas: verificar simetria; acúmulo de secreção; crosta; descamação; entre outros;
Orifício auditivo (quando houver): observar se há secreção ou descamação, se estão simétricos, se estão com diferença de pigmentação, se há obstrução;
Boca (externamente): verificar se há diferença de pigmentação, descamação;
Região celomática: palpação externa, ventralmente, das costelas e da região vertebral; pela lateral e região ventral, faz-se a palpação da cavidade celomática (posição anatômica), observando o abdômen.
Inspeção dos membros torácicos e pélvicos: movimentações normais de flexão e extensão; observar a região palmar e solar, se há existência de lesões.
Cavidade oral: a coloração da mucosa deve ser rosada e umedecida. A coana precisa estar desobstruída, pois é por onde o ar passa para chegar às vias aéreas.

Após a inspeção, é importante que o paciente seja solto imediatamente para que se recupere do estresse causado pelo exame.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica e Manejo de Animais Silvestres e Pets Exóticos do VET Profissional, com a Prof.ª M.ª Letícia Bergo Coelho Ferreira, Mestra em Morfofisiologia dos Animais Domésticos e Selvagens. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos e centenas de livros digitais, para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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