Hipotireoidismo canino: quais as principais características dessa patologia?

O hipotireoidismo é uma síndrome clínica decorrente da redução da produção de hormônios tireoidianos, acometendo, geralmente, caninos de meia-idade

Hipotireoidismo canino: quais as principais características dessa patologia?

O hipotireoidismo canino é uma patologia comum na clínica veterinária, é uma síndrome clínica decorrente da redução da produção de hormônios tireoidianos.

Sendo uma disfunção da tireoide, a patologia se dá quando a glândula deixa de produzir a quantidade certa dos hormônios, causando vários efeitos no organismo do animal. Gustavo Cobucci, médico veterinário e professor do VET Profissional, que é Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos, explica que o hipotireoidismo pode se apresentar das seguintes formas:

Primário: forma mais comum. Relacionado com alterações das células foliculares tireoidianas.
Secundário: está relacionado com problemas nos tireotrofos pituitários.
Terciário: raro, com poucos casos encontrados na literatura. O problema ocorre no hipotálamo.


Quais são os aspectos clínicos dessa doença?

O hipotireoidismo atinge animais geralmente de meia-idade (2 a 6 anos). Os sinais clínicos aparecem após a destruição de 75% da glândula e resultam do metabolismo celular diminuído e seus efeitos sobre o estado mental e atividade do cão.

Para essa doença não há predisposição sexual e atinge principalmente animais das raças Cocker, Setter, Terrier e Doberman.

Além dos aspectos clínicos gerais, existem os sinais dermatológicos, neurovasculares, cardiovasculares, reprodutivos e o hipotireoidismo juvenil (cretinismo).

O profissional não deve descartar o hipotireoidismo, porém a obesidade, de acordo com os estudos de Panciera (1994), é muito mais comum do que o hipotireoidismo.

Outro ponto importante de ser ter em mente, diz respeito à síndrome do eutireoideo doente.


O que é?

Refere-se à supressão das concentrações séricas dos hormônios da tireoide em cães eutireoideos em resposta a uma doença concomitante (mecanismo de defesa). Pode haver redução do TSH por supressão do hipotálamo ou da hipófise. O tratamento deve ser direcionado para a doença concomitante e a suplementação com levotiroxina não é recomendada.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica Médica de Cães e Gatos do VET Profissional, com o Prof. M.e Gustavo Carvalho Cobucci, Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos pela Universidade Federal de Viçosa e com o Prof. Dr. Rodrigo Horta, Mestre pela UFMG em Avaliação da Nocicepção, complicações pós-operatórias e impacto na qualidade de vida em técnicas de mastectomia na espécie canina. Doutorado sanduíche pela UFMG e na University of Cambridge, Inglaterra, em Propostas terapêuticas para o mastocitoma canino. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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