Importância da vacinação para produção de aves saudáveis

A vacinação é um dos carros chefes de um programa de sanidade, e alguns dos principais pontos que devem ser levados em conta para a elaboração de um protocolo vacinal são: Tipo de criação, região, tipo de manejo e características do lote.

Tipos de vacinas

Usar vacina inativada ou vacina viva? Depende muito da quantidade de aves a serem vacinadas dentro de um plantel. Vacina Individual ou em massa? Oleosa ou aquosa? Essas são algumas das perguntas que são feitas quando se precisa vacinar as aves.  Assim, um planejamento deve ser feito sob a coordenação de um Médico Veterinário para que não ocorra problemas na compra da vacina adequada e nem como plantel a ser vacinado.

A vacina viva tem maior efetividade porque a estrutura ativa do microrganismo está preservada. Necessitam de cuidados especiais para a cepa não sofrer mutação e tornar-se patogênica.

Quanto as vacinas inativadas, elas têm maior estabilidade e segurança, pois apresentam menor risco de mutação, é o que explica o Prof. Marcelo Dias da Silva, Médico Veterinário, Mestre em Agroquímica e Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa.

Procedimentos Vacinais

As vacinas podem ser ministradas em gota ocular, spray, ou para serem diluídas em água.

1 - Vacinação pela água
Dentre os principais procedimentos, a vacinação pela água é a mais comum.
As aves ficam em jejum hídrico por 2 horas antes da vacinação.
Deve-se esvaziar e lavar todo circuito de água para colocar a vacina misturada. Como as aves vão estar com sede, assegura-se que todas vão beber da água com a vacina.

2 - Vacinação ocular
Outra forma de vacinação é a ocular. Pinga-se a gota da vacina no globo ocular do animal e o corante aparece no palato dos animais .

Figura 1 – Vacinação ocular

3 - Vacinação por membrana da asa

Consiste na perfuração da membrana da asa com estilete específico que acompanha o frasco da vacina. Muito usada contra cólera aviária e bouba (varíola)

4 - Vacina em spray

Muito utilizada para determinados microrganismos, principalmente os que atacam a respiração dos animais. Galpões com poedeiras é bem comum esse tipo de aplicação.
A vacina deve ser diluída em glicerina e em água destilada.
A ventilação do local deve ser cortada antes de pulverizar as aves.
É de baixo curso e muito usada em algumas doenças como conjuntivite, bronquite infecciosa e gumboro.

A prática da vacinação com água

Para um lote de matrizes com 70 dias de vida, a vacinação será feita na forma aquosa.
Cada mil doses da vacina devem ser diluídas em 50 litros de água, de acordo com cada fabricante. O conteúdo dos baldes devem ser misturados entre si para homogeneizar a vacina. Encher os bebedouros com uso de um litro escorrendo pela parede do mesmo, para evitar perdas.

Muito importante garantir que todas as aves tenham acesso a água.
A vacina tem viabilidade por duas horas. Assim, todo o plantel deverá ser vacinado dentro desse tempo para não perder a mistura da vacina.

Existem também outros tipos de vacina como nebulização, como a de ovo, que são utilizadas em criação em escala industrial.

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