Inseminação artificial em éguas - técnica de inseminação com sêmen congelado

O uso de técnicas da Inseminação Artificial na reprodução equina tem sido de grande importância para os criadores de égua, pois são muitas vantagens ao utilizar a mesma

 

Inseminação artificial em éguas - técnica de inseminação com sêmen congelado

São muitas as vantagens de se fazer o uso da IA em éguas como:
- Reduzir a probabilidade de contaminação bacteriana do garanhão.
- Evita transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.
- Aumento da eficácia do uso do garanhão, ou seja, com apenas um ejaculado é possível inseminar várias éguas.
- Permite predizer o potencial de fertilidade do garanhão durante a avaliação de sêmen.


A técnica de inseminação artificial pode ser realizada com uso de sêmen fresco ( in natura) ou fresco diluído. Também são utilizados sêmen resfriado e sêmen congelado. O que difere uma técnica da outra é a viabilidade do sêmen de acordo com seu processamento e conservação, é o que explica a Profa. Bruna de Freitas, Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa.


Para a inseminação artificial a égua precisa ser devidamente higienizada na região da vulva; a mesma deverá ser contida e ter a calda enfaixada e amarrada.


A IA com sêmen congelado, para ter sucesso, dependerá muito da maneira como o mesmo é congelado e descongelado. O Médico Veterinário deve ter muito cuidado, pois as paletas contendo o sêmen devem ser descongelados na temperatura e tempo ideais. Após o descongelamento faz-se a análise desse sêmen para verificar a quantidade de espermatozoides presente no mesmo.


O procedimento a ser seguido pelo Médico Veterinário para o descongelamento do sêmen consiste de várias etapas, com o objetivo de obter 200 milhões de espermatozoides na dose a ser inseminada.

 

Avaliação microscópica de amostra de sêmen congelado

Figura 1 – Avaliação microscópica de amostra de sêmen congelado


A dose de sêmen descongelado, para a inseminação artificial deve ser de 10 a 25 mL podendo se estender até 40 mL deve ser depositado no corpo da égua utilizando uma pipeta flexível que alcançará o ápice do corno do corpo uterino ipsilateral à ovulação, onde está o ovário que apresenta folículo em desenvolvimento. E isso é feito por meio de palpação transretal.

Após a introdução da dose de sêmen descongelado, é fundamental inserir 8 ml de ar utilizando uma seringa vazia, para evitar desperdício do ejaculado.


A viabilidade do sêmen congelado é menor que do sêmen fresco. Portanto, a inseminação artificial deverá ser feita no período de 12 horas antes da ovulação e em até 6 horas após a ovulação da égua. O óocito liberado na ovulação permanece viável no trato reprodutivo da fêmea, por cerca de 10 horas.

 

Aprenda mais sobre esse assunto na área Reprodução Equina do VET Profissional, com os professores: Prof.ª Dr.ª Maria Gazzinelli Neves, Mestre e Doutora em Zootecnia, Reprodução Animal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), especialista em equinos; Prof. Dr. Márcio Menezes, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em foliculogênese e endocrinologia do estral, análises hormonais, criopreservação de sêmen, inseminação artificial e transferência de embriões equinos; Prof.ª Dr.ª Bruna de Freitas, Mestre e Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em fisiopatologia da reprodução animal, ginecologia e andrologia animal e biotécnicas aplicadas à reprodução animal. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos e centenas de livros digitais, para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

 

 

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