Lagoas de estabilização: o que é? Quais são os tipos existentes?

As lagoas de estabilização são locais de capitalização e tratamento de efluentes e esgoto que, por meio da ação de microrganismos sobre a matéria orgânica presente, transformam a água poluída em água de boa qualidade

Lagoas de estabilização: o que é? Quais são os tipos existentes?

As lagoas de estabilização são bacias para tratar águas residuárias brutas ou efluentes pré-tratados. A função dessas lagoas é degradar a matéria orgânica através da ação de microrganismos, principalmente bactérias e algas, que vão trabalhar os efluentes e minimizar, ao máximo possível, sua carga orgânica, além de destruir microrganismos patogênicos e não patogênicos existentes nesse efluente, de modo que o resultado final seja uma água límpida e de boa qualidade.

Esse processo de tratamento depende da capacidade dos microrganismos de quebrar as moléculas orgânicas complexas em substâncias inorgânicas mais simples no processo de síntese celular”, explica Marcelo Dias da Silva, Médico Veterinário e professor do VET Profissional, que é Doutor em Zootecnia e Mestre em Agroquímica.

Fatores que influenciam a estabilização da matéria orgânica:

Temperatura: fator essencial para que a reação dos microrganismos com a matéria orgânica possa ocorrer.
Incidência dos raios solares: Alguns microrganismos são fotossintéticos e precisam de certo nível de luz solar.
Tipos de microrganismos presentes: afetará diretamente a capacidade de depurar o material.


Existem três grupos de tipos de lagoas, entre os quais, os principais são:

a) Lagoas anaeróbicas - Onde predominam microrganismos que trabalham a matéria orgânica em ausência de oxigênio.

b) Lagoas facultativas - É o tipo mais comum. Nesse tipo de lagoa há um ecossistema com partes anaeróbicas e aeróbicas.

c) Lagoas aeróbias - Onde ocorre polimento final do material. Utiliza equipamentos de aeração para adicionar oxigênio ao meio e misturar os microrganismos na biomassa, necessitando de posterior lagoa de decantação.

d) Lagoas de maturação - São aeróbicas. Recebem pouca carga orgânica, pois a maior parte já foi consumida nos tratamentos anteriores. A função principal: destruição de microrganismos patogênicos, bem como a remoção de partículas em suspensão.

Essas lagoas podem ser usadas isoladas ou em combinação com outros processos de tratamento de águas residuárias. Trabalhando em série é possível alcançar um tratamento mais eficiente do que isolado.

Diante dessa realidade, embora o veterinário não seja responsável pela construção das lagoas de estabilização, ele precisa orientar o produtor quanto ao tipo de construção que deverá ser feita, de acordo com o tipo de dejeto produzido, a fim de preservar o meio ambiente e a sanidade do rebanho. Para isso, é preciso que o veterinário conheça os vários tipos de lagoas e quando utilizá-las.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Saneamento e Zoonoses do VET Profissional, com o Prof. Dr. Marcelo Dias da Silva, Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Agroquímica também pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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