Leishmaniose em cão: o que o médico veterinário deve fazer para tratar essa doença?

A atenção do Médico Veterinário é de sua importância para identificar a Leishmaniose e o diagnóstico mais preciso para o tratamento

 

 Leishmaniose em cão:  o que o Médico Veterinário deve fazer para tratar essa doença?

O Médico Veterinário deve ter bastante conhecimento para lidar com doenças como é o caso da Leishmaniose em cães, já que o diagnóstico é difícil e exige muita cautela na escolha dos exames laboratoriais e complementares para melhor conduta terapêutica visando a melhoria do paciente.

 

Leishmaniose

É uma doença de difícil diagnóstico porque o cão pode estar infectado e não apresentar nenhum sintoma, ou, ainda apresentar sinais clínicos que apontam para outras doenças.


É causada pelo parasita Leishmania infantum que também pode infectar o ser humano e outros animais como por exemplo gatos, raposas e roedores. O principal vetor que transmite a doença é a picada de insetos flebótomos, fêmeas das espécies Phlebotomus perniciosus e P. ariasi, conhecido como “mosquito palha”, é o que explica a Profa. Fabíola Carolina de Almeida, Médica Veterinária graduada na Univiçosa e pós-graduada em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pela mesma Faculdade.

 

Sintomas mais comuns

Linfomegalia ou aumento de volume de gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perdas de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento e atrofia muscular, hemorragias nasais, anemias e alterações nos rins, fígado e articulações.

 

Exames físicos

O Médico Veterinário, de posse dos dados do animal, apresentados pelo tutor e a ficha de anamnese, que deve conter pontos chaves na ficha do paciente, o Médico Veterinário fará o exame físico. Esse deve ser feito em local tranquilo, com presença dos tutores e de um auxiliar de veterinária ou estagiário para ajudar na contenção do animal.

O Médico Veterinário avaliará os olhos, orelhas, boca (mucosa) linfonodos mandibulares, realizará a ausculta cardíaca e pulmonar entre outros.


Exames laboratoriais e complementares

O Médico Veterinário de posse dos dados coletados do exame físico e a ficha da anamnese, ele solicita os exames para análise e diagnóstico.

São os seguintes exames: Hemograma, Bioquímico, Urinálise, Punsão de Medula Óssea.
Para coleta desses exames são utilizados vários materiais de laboratórios específicos.

  

Figura 1 – Materiais necessários para coleta de amostras dos exames solicitados

Figura 1 – Materiais necessários para coleta de amostras dos exames solicitados

 

O Médico Veterinário faz a coleta de amostra de sangue para exames de hemograma e bioquímico. E o mesmo é distribuído em tubos para os exames necessários.
As amostras coletadas do paciente devem ser identificadas antes de serem encaminhadas para o laboratório.

 

Diagnósticos diferenciais

A partir do relato feito pelo tutor do animal, da coleta de informações durante a anamnese, e, após o exame físico, o Médico Veterinário lista as possíveis doenças.

 

 
 Figura 2 – Lista de diagnósticos diferenciais

Figura 2 – Lista de diagnósticos diferenciais

 

A Leishmaniose é a primeira suspeita diante dos exames realizados pelo Médico Veterinário. Isso porque o animal apresentou lifademomegalia, um dos sinais clínicos mais comuns em pacientes com Leishmaniose.


O exame hemograma com resultado de um paciente com quadro de leucopenina, acompanhado por neutropenia, linfopenia, é um resultado associado à Leishmaniose.

Já os exames bioquímicos revelou que as funções hepáticas do animal estavam normais, que foi descartada a possibilidade de doença renal.
A urinálise apresentou quadro de proteinúria e a presença de cristais de urato amorfo. Sem presença de cistite.

O resultado de PCR foi positivo para Leishmaniose, com carga parasitária expressiva, confirmando as suspeitas anteriores.

 

O tratamento

A Leishmaniose não tem cura. Existe forma de controle da doença, com uso dos medicamentos para evitar que o animal transmita a doença, pois reduz a carga parasitária. O Médico Veterinário prescreve a medicação. Há medicamento que é de uso contínuo.


O tratamento apresentado a um paciente, com resultados dos exames, corresponde ao protocolo terapêutico de tratamento para pacientes com Leishmaniose canina no Brasil. Esse tratamento pode variar de acordo com a necessidade do paciente.


Esse protocolo é considerado recente, visto que antes a recomendação para pacientes com Leishmaniose era apenas a eutanásia.

 

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