Nodulectomia em galo: como é realizada a cirurgia para remoção de uma pododermatite?

A pododermatite em aves é uma doença de origem infecciosa, podendo ser aguda ou crônica, tendo como característica principal a presença de necrose

Nodulectomia em galo: como é realizada a cirurgia para remoção de uma pododermatite?

Um galo caipira, diagnosticado com hiperqueratinização e dermatopatia na região plantar deverá ser tratado com retirada da pododermatite, ressecção do tumor e exame histopatológico para avaliar sua causa. Veja como proceder.

Inicialmente, a ave deve estar de jejum. “O jejum varia de acordo com a espécie: para aquelas que possuem papo, o jejum é maior quando comparado com aves que não tem. No caso do galo, o jejum é de, no máximo, 3 horas”, explicam os professores Fernando Tadeu Tavares Fernandez e Leonardo Milagres Tavassa de Pádua, Médicos Veterinários e Professores do VET Profissional.

É preciso conhecer bem a fisiologia das aves, pois difere muito da fisiologia do cão e do gato. Essa diferenciação ocorre também em relação à anestesia.

O galo possui dois estômagos; não possui diafragma, a respiração é percebida devido aos movimentos intercostais; e não possui bexiga. Deve-se atentar também para a temperatura da ave, que varia entre 39 a 43°C: se baixar pode ativar o sistema nervoso parassimpático, causando bradicardia e hipotensão, entre outros problemas.

Na ave qualquer intercorrência ocorre de forma muito rápida, logo, é importante preparação prévia dos fármacos de emergência para o caso de possíveis complicações.

Nas aves, é muito difícil obter parâmetros fidedignos, por exemplo, a leitura do oxímetro é dificultada, pois, as hemácias das aves são enucleadas, então, o feixe de luz infravermelho dificulta a leitura da passagem e da saturação do oxigênio nas hemácias.

Para realizar a incisão, é utilizado um bisturi, realizando-se a circuncisão de toda a borda da ferida. Em seguida, são retirados os tecidos tumorais restantes e a pododermatite da região plantar. Posteriormente é feito o curativo.

A ferida resultante da cirurgia é impossível de se fechar, logo, a cicatrização ocorrerá por “segunda intenção”. A cicatrização adequada dependerá do tipo de alteração que a ave apresentar, o que é revelado após exame patológico do material. Se se tratar de uma lesão neoplásica, dificilmente a cicatrização será bem sucedida.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Casos Cirúrgicos do VET Profissional, com a Prof.a M.a Alessandra Sayegh, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com o Prof. M. Fernando Tadeu Tavares Fernandez, Mestre em Cirurgia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com o Prof. Leonardo Milagres Tassara de Pádua, pós-graduado em Anestesiologia Veterinária, com a Prof.a Elisandra Lopes de Freitas, pós-graduada (Lato Sensu) em Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e com a Prof.a Natália Brioschi Andreão, Médica Veterinária pela Universidade de Vila Velha (UVV). O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

 

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