O consumo de leite de cabra está diretamente relacionado ao menor risco de desenvolver síndrome metabólica, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer de cólon e também à melhoria na densidade óssea. Perante tantos benefícios, o produtor deve se atentar ao fato de que a qualidade do leite caprino está condicionada a um manejo sanitário adequado.
Por esse motivo, o veterinário deve se preparar para orientar o produtor não apenas ao manejo do animal na cria e recria, mas também ao correto manejo na ordenha.
Manejo na ordenha
O manejo na ordenha é de grande importância, haja vista que quando se tem um produto de qualidade, esse, após processado, terá maior duração na prateleira. Desse modo, Magna Coroa Lima, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Doutora em Medicina Veterinária e Mestre em Zootecnia, destaca os seguintes cuidados antes, durante e depois da ordenha do leite:
Sala de ordenha: pode ser simples, desde que respeite aos critérios de manejo sanitário. Para conforto do ordenhador, os animais devem ficar em um local mais alto; o ordenhador também deve seguir as regras de higiene pessoal; o ideal é que o piso seja azulejado.
Lavagem e Pré-Dipping: em cabras, a lavagem só realizada se os tetos estiverem sujos, já o pré-dipping é utilizado para retirar os microrganismos presentes na pele dos tetos.
Pré-dipping: solução à base de iodo colocada em uma caneca sem retorno, na qual é imerso cada teto.
Teste da Caneca de Fundo Preto: tem como objetivo verificar se o animal tem mastite clínica, que é identificado a partir da presença de grumos ao extrair os três primeiros jatos de leite da cabra.
Caso haja qualquer aspecto incomum no leite, a cabra em questão deve ser ordenhada por último para evitar a contaminação de todo leite depositado no tanque.
Ordenha: após limpeza, pré-dipping e teste da caneca, os animais saudáveis são ordenhados. A ordenha pode ser manual ou mecânica.
Pós-Dipping: realizada após ordenha do leite. Solução composta por iodo e glicerina para facilitar a formação do tampão do esfíncter, pois este permanece aberto até duas horas após a ordenha, propiciando a entrada de microrganismos patógenos.
Armazenamento: o leite deve ser armazenado em latões, resfriado e ou congelado. Quando em grande quantidade, devem ser utilizados tanques de resfriamento.
Aprenda mais sobre esse assunto na área Caprinocultura – Produção e Principais Doenças do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Magna Coroa Lima, Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Zootecnia pela mesma instituição. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!