Na fase pré-parto existem algumas limitações relacionadas à própria vaca, ao manejo desses animais e ao aproveitamento da dieta. É fisiológico para um animal a antecipação ou atraso no parto em até 15 dias.
Durante todo o período seco, a vaca precisa se preparar para vários momentos, especialmente o parto. “Sendo assim, necessita de descanso para a glândula mamária que será responsável pela renovação de células produtivas na próxima lactação”, explica Pedro Henrique de Araújo Carvalho, Médico Veterinário e professor do VET Profissional, que é Mestre em Zootecnia.
As vacas em transição no pré-parto possuem baixo consumo de matéria seca. Dentro do seu útero, o feto encontra-se em crescimento acelerado, com taxas de ganho de peso de até 500 g a 1 kg por dia. Esse crescimento precisará de aporte nutricional vindo da nutrição da vaca.
A vaca em pré-parto entra em situação de balanço energético e proteico negativos. O animal precisará então mobilizar o tecido corporal para suprir a mantença e sua exigência de formação do colostro.
Fatores que auxiliam na diminuição da intensidade do balanço energético negativo na vaca em fase pré-parto:
• Evitar que as vacas, principalmente as de alta produção, possuam distúrbios metabólicos como hipocalcemia, acetose e esteatose hepática.
• Boa produção de colostro, evitando a diminuição do aporte nutricional para a glândula mamária.
• O feto deve ter um crescimento adequado para que o bezerro tenha um peso satisfatório ao nascimento. Não se deve então diminuir o aporte nutricional para o útero gravídico.
Quanto mais próximo do parto for, menor será o consumo pela vaca, principalmente pela alta concentração de estrógeno, queda na progesterona no fim da gestação e o útero gravídico liberando cortisol fetal.
A fase pré-parto apresenta efeito cumulativo no pós-parto refletindo na redução da produção de leite. Essa redução é significativa quando os animais sofrem estresse térmico nessa fase.
O estresse térmico causa efeito negativo na vaca, no bezerro e em todo o sistema, pois vai comprometer a produtividade, a eficiência alimentar, trazendo aumento de custos para o sistema de produção.
Como alternativas para evitar e, ou diminuir o estresse térmico em uma propriedade, encontra-se o adequado controle de temperatura ambiental através de ventilação e aspersão.
Aprenda mais sobre esse assunto na área Nutrição de Bovino Leiteiro do VET Profissional, com o Prof. Dr. Pedro Henrique de Araújo Carvalho, Mestre em Zootecnia – Nutrição animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Doutorando em Nutrição de Ruminantes pela mesma universidade. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!