Diagnóstico gestacional em éguas: como realizar essa etapa do manejo reprodutivo?

Dias após a inseminação artificial ou cobertura pelo garanhão, entra em vigor uma etapa fundamental à saúde do animal e negócios: o diagnóstico de gestação

Veterinário e égua

Alguns dias após submeter a égua à inseminação artificial ou cobertura pelo garanhão, entra em vigor uma etapa do manejo reprodutivo fundamental não só para a saúde do animal e do feto, quanto para os negócios: o diagnóstico de gestação.

A vantagem econômica de detectar a prenhez já nos primeiros dias é a possibilidade de comercializar fêmeas gestantes, produto que gera uma excelente receita para os criadores. Já em relação à segurança do animal, é garantir que a égua prenha receba desde cedo os cuidados sanitários e nutricionais diferenciados que essa etapa exige tanto para si quanto para o feto, de modo a ser encaminhada para o lote de gestantes. Isso também possibilita estimar o período de nascimento do potro e providenciar a supervisão eficiente no momento do parto.

Essa etapa também visa identificar as éguas que não emprenharam para encaminhá-las para tratamento adequado imediado, reduzindo os prejuízos gerados por um animal não produtivo na propriedade.

Mas como é feito o diagnóstico de gestação?


Quando não há a presença recorrente de um médico veterinário na fazenda, é comum proprietários usarem rufiões a partir dos 14 dias após o final do cio da égua, pois, se eles detectarem novo cio, provavelmente a fêmea não está gestante, apresentando novo ciclo estral. Entretanto, essa técnica não fornece certeza absoluta, pois algumas patologias impedem que a fêmea demonstrem sinais de cio, confundindo-se esse sintoma com uma prenhez inexistente.

A precisão do diagnóstico é obtida por meio de:


- Palpação transretal: com maior precisão a partir dos 30 dias após ovulação.
- Dosagens hormonais: principalmente do ECG produzido a partir dos 30 dias de gestação e com pico por volta dos 60 dias.
- Palpação transretal + ultrassonografia: técnica de grande eficiência, permitindo diagnóstico a partir dos 10 dias de prenhez.

Vale lembrar que, com a ultrassonografia, além de detectar precocemente a prenhez, é possível avaliar a idade gestacional, examinar anormalidades no desenvolvimento embrionário ou fetal e verificar a ocorrência de gestação gemelar, o que não é desejável em espécies equinas.


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