Técnica de bolsa conjuntival de Morgan: o que caracteriza essa técnica?

A técnica de bolsa conjuntival de Morgan é uma técnica cirúrgica utilizada para o sepultamento da terceira pálpebra

Técnica de bolsa conjuntival de Morgan: o que caracteriza essa técnica?

A Técnica de Bolsa Conjuntival de Morgan será utilizada em casos de prolapso nictitante devido à fraqueza do tecido conectivo entre a região ventral da nictitante e os tecidos periorbitários.

Kelly Cristine de Sousa Pontes, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, Doutora em Cirurgias e Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia, recorda que a glândula nictitante é responsável por produzir, aproximadamente, 60% da fração aquosa da lágrima.

Antes da realização da técnica, deve ser feita a antissepsia da região periocular com polivinil pirrolidona iodo (PVP-I) em solução aquosa.

Nesta técnica, duas suturas de apoio devem ser feitas na glândula para realizar as incisões, expondo-a mais adequadamente.

Figura 1 – Procedimentos feitos antes da realização da técnica de bolsa conjuntival de Morgan: (A) Antissepsia; (B) Suturas de apoio.

Figura 1 – Procedimentos feitos antes da realização da técnica de bolsa conjuntival de Morgan: (A) Antissepsia; (B) Suturas de apoio.


Serão realizadas duas incisões, uma acima e outra abaixo da glândula nictitante, removendo o tecido conjuntival, facilitando assim a aderência da glândula na bolsa.

Serão realizadas duas incisões, uma acima e outra abaixo da glândula nictitante, removendo o tecido conjuntival, facilitando assim a aderência da glândula na bolsa.

Por baixo do olho deve ser feito um “túneo” (divulsão) utilizando uma tesoura, para o alojamento da glândula nictitante.

Figura 2 – Técnica sendo iniciada: (A) Incisões; (B) Divulsão.

Figura 2 – Técnica sendo iniciada: (A) Incisões; (B) Divulsão.


Na sutura, utiliza-se um fio absorvível sintético de calibre bem fino. As duas extremidades da incisão devem ficar abertas, sem sutura, para a saída do filme lacrimal.

O nó deverá ser dado na conjuntiva palpebral da terceira pálpebra para que não fique em contato direto com a superfície ocular, o que pode causar lesões na córnea.

Figura 3 – Sutura finalizada com o respectivo nó.

Figura 3 – Sutura finalizada com o respectivo nó.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Oftalmologia Veterinária do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Kelly Cristine de Sousa Pontes, Pós-doutora em Medicina, na área de Oftalmologia e Oncologia, pela Leiden University – Holanda, Doutora em Cirurgias pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Técnicas Cirúrgicas e Anestésicas Aplicadas aos Animais, pela mesma instituição. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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