Técnica Tie Back em equinos: como é realizada essa técnica cirúrgica?

A técnica Tie Back é uma técnica cirúrgica empregada para corrigir casos de hemiplegia laríngea, conhecida vulgarmente como “cavalo roncador”

Técnica Tie Back em equinos: como é realizada essa técnica cirúrgica?

A técnica de Tie Back, como o próprio nome já diz, “ligar ou amarrar atrás”, é a cirurgia realizada com o objetivo de emendar (conectar) duas partes de uma mesma coluna de revestimento, ou seja, a conexão entre a cartilagem cricoide e a cartilagem aritenoide, por meio da lateralização aritenóidea.

O diagnóstico de hemiplegia laríngea é feito, nos equinos, por meio do exame de endoscopia”, explica Guilherme Costa Fausto, Médico Veterinário e Professor do VET Profissional, que é Mestre e Doutor em Medicina Veterinária. Após a confirmação do diagnóstico, o paciente deverá obedecer ao protocolo pré-operatório, a saber:

• jejum de alimentos pelo período de 24 horas;
• jejum hídrico de, pelo menos, 8 horas;
• aplicação de soro antitetânico;
• tricotomia ampla da região lombar e abdominal;
• rigorosa antissepsia.


O paciente deve ser contido em decúbito lateral direito ou esquerdo, dependendo da área de adenoide afetada. Para a realização da laringoplastia, é necessário que o paciente esteja sedado sob o efeito de anestesia geral associada à administração de anestésico locoregional com Lidocaína a 2%.

A incisão é feita em posição ventral à veia jugular, e possui, aproximadamente, 10 cm de extensão. Após a incisão, faça a divulsão do tecido subcutâneo para liberar a pele com o auxílio de uma tesoura.

A divulsão do subcutâneo deve ser feita até que seja possível palpar a cartilagem cricoide e a cartilagem da tireoide, permitindo ao médico veterinário melhor visão do campo operatório.

Após a incisão e exposição da laringe, é possível identificar a cartilagem cricoide e a cartilagem aritenoide. São feitas duas ancoragens utilizando fio inabsorvível, a saber:

1ª ancoragem: na cartilagem cricoide.
2ª ancoragem: na cartilagem aritenoide.

A segunda ancoragem é feita na cartilagem aritenoide, de cima para baixo, ou em posição dorsal para ventral, e tem como objetivo evitar que essa cartilagem se rompa e que o animal volte a roncar.

Após a segunda ancoragem, deve-se fazer a amarradura dos fios, que funcionam para lateralizar e fixar a musculatura da cartilagem aritenoide junto à cricoide, impedindo o músculo de abduzir, permanecendo constantemente unido, fazendo com que a passagem de ar pela laringe ocorra com maior facilidade.

Os fios devem ser unidos com bastante tração para manter a conexão entre as cartilagens presa na laringe. Com essa finalidade, é necessário dar em torno de 5 a 6 nós ao fazer a amarração.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Cirurgia de Grandes Animais do VET Profissional, com o Prof. M. Samuel Pereira Simonato, Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e com o Prof. Guilherme Costa Fausto, especialista em clínica e cirurgia de grandes animais pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Mestre e Doutor em Medicina Veterinária na área de Biotecnologia, Diagnóstico e Controle de Doenças dos Animais. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos e centenas de livros digitais, para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

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