Terapia transfusional em cães e gatos: testes de tipagem

O tipo sanguíneo em cães e gatos está relacionado com os Antígenos de superfícies das hemácias, que são glicoproteínas ou glicolipídeos), componentes da glicocálice. Tais antígenos têm habilidade de disparar reações adversas causadas pelos anticorpos antieritrócitos circulantes no organismo receptor.

Em felinos – Classificação AB – tipo sanguineio: A, B ou AB – possuem anticorpos naturais que são responsáveis por reações hemolíticas transfusionais graves.

Eles possuem na superfície de suas hemácias antígenos na superfície que são do tipo A. Assim ele já nasce com anticorpos anti B, por exemplo. Por isso um felino não pode doar sangue para felinos do tipo A, para gatos com sangue tipo B, pois dará reações hemolíticas, é o que explica o Prof. Mestre Gustavo Carvalho Cobucci, Médico Veterinário pela Universidade de Minas Gerais e Mestre em residência clínica médica e cirúrgica de cães e gatos pela Universidade Ferderal de Viçosa, e o Prof. Rodrigo Horta, Médico Veterinário pela Universidade de Minas Gerais, doutor em Propostas Terapêuticas para o mastocitoma canino.

Para determinar o tipo sanguíneo dos gatos e cachorros, o Médico Veterinário pode utilizar testes comerciais cuja aplicação exige pouquinho sangue do paciente.

O sangue é retirado por meio de uma fita que vem no produto e inserida em solução específica. Dilui o sangue no líquido por 7 segundos. Após dois a quatro minutos pode-se interpretar o teste.

Os cães são diferentes dos gatos, que apresentam mais de um antígeno na mesma hemácia, vários pontos na superfície. Os cães não apresentam outros pontos naturais contra outros tipos sanguíneos.

O cão apresenta antígenos DEA 1.1., 1.4 e 5, se ele receber um sangue com antígeno 1.2, 4 e 5 ele vai produzir o antígeno 1.2 por não possuir esse antígeno na sua superfície.

Os testes de tipagem sanguínea em cães disponíveis também são de confiança. O Médico Veterinário fará o teste da mesma forma que nos gatos. Porém, a desvantagem desse teste é que ele não mostra mais de um antígeno encontrado em cães.

Para realização do teste em cães, o procedimento é o mesmo que a tipagem sanguínea em gatos. O teste visa identificar a presença do DEA 1.1 na superfície da sua hemácia. Portanto o resultado será DEA 1.1 positivo ou DEA 1.1 negativo.

Figura 1 – Organograma de doações

Aprenda mais sobre esse assunto na área Clínica Médica de Cães e Gatos do VET Profissional, com o Prof. Gustavo Carvalho Cobucci, Mestre em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos pela Universidade Federal de Viçosa e com o Prof. Dr. Rodrigo Horta, Mestre pela UFMG em Avaliação da Nocicepção, complicações pós-operatórias e impacto na qualidade de vida em técnicas de mastectomia na espécie canina. Doutorado sanduíche pela UFMG e na University of Cambridge, Inglaterra, em Propostas terapêuticas para o mastocitoma canino. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos e centenas de livros digitais, para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos on-line, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!