A ventilação pulmonar é a renovação do ar contido na porção condutora da via respiratória. Esse processo é também denominado respiração e é regido pelo movimento involuntário ou voluntário de inspiração e expiração.
“O movimento de inspiração e expiração não ocorreria se não houvesse o envolvimento dos músculos respiratórios”, explica Waleska de Melo, Médica Veterinária e professora do VET Profissional, que é Doutora em Patologia Clínica Animal e Mestre em Medicina Veterinária.
Os músculos respiratórios realizam a contração e o relaxamento da caixa torácica fazendo com que o pulmão infle e se contraia para permitir a entrada e saída de ar durante as trocas gasosas.
A hipoventilação é ventilação alveolar diminuída, abaixo das necessidades metabólicas. Nesse caso, o valor da PaCO2 fica acima 40 mmHg.
A normoventilação é ventilação normal, movimentos respiratórios por minuto, realizada pelo animal em seu estado fisiológico. O valor de referência da normoventilação varia de acordo com a espécie. Na normoventilação, pressão arterial de CO2 (PaCO2) fica em torno de 40 mmHg.
A hiperventilação é ventilação alveolar aumentada, além das necessidades metabólicas do organismo. Nesse caso, o valor da PaCO2 fica abaixo 40 mmHg. Por exemplo, quando o animal faz algum tipo de exercício físico e apresenta taquipneia ou respiração acelerada.
A ventilação do espaço morto ocorre da seguinte forma: durante o processo de inspiração e expiração, um pouco de ar sempre fica armazenado no caminho que vai das vias aéreas até os alvéolos pulmonares. Esse ar não realiza a perfusão, por isso essa ventilação é denominada espaço morto. O ar fica em repouso e permanece nesse espaço entre as vias e o pulmão. O espaço morto abrange desde as narinas, fossas nasais, cavidade nasal, traqueia pulmões até brônquios e bronquíolos.
Durante o dia, a ventilação pulmonar do animal varia. Um mesmo animal pode passar por estados de normoventilação, hipoventilação e hiperventilação dependendo da necessidade metabólica do organismo. O sistema respiratório tem a capacidade de se adaptar, ajustando-se de acordo com as demandas metabólicas para manter a homeostase e, sobretudo, o pH sanguíneo que é em torno de 7.4.
Aprenda mais sobre esse assunto na área Fisiologia Veterinária Sistemática do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Waleska de Melo Ferreira Dantas, Doutora em Patologia Clínica Animal pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!