O preço pago para não ter problemas sanitários em um plantel é muito menor do que os prejuízos gerados pelo descarte de toda a criação afetada por uma grave enfermidade. “Desse modo, investir em programas de sanidade animal é um dos métodos de prevenção de doenças mais eficazes atualmente, desde que elaborado com responsabilidade”, explica Marcelo Dias da Silva, Médico Veterinário e Professor do VET Profissional, que é Mestre em Agroquímica e Doutor em Zootecnia.
A vacinação é um dos carros chefes de um programa de sanidade, e alguns dos principais pontos que devem ser levados em conta para a elaboração de um protocolo vacinal são:
• Tipo de criação: matrizes, aves de corte ou poedeiras;
• Região: doenças predominantes na região onde a granja está instalada, clima etc.
• Tipo de manejo: caipira ou industrial;
• Características do lote: idade de vacina, idade do lote, tempo de permanência do lote na granja.
A principal característica das vacinas é buscar uma proteção imune das aves via memória imunológica. A vacinação na avicultura industrial conta com alguns desafios:
• Grandes populações: é um número muito grande de aves por granja a ser imunizado;
• Cepas de campo: muitas vezes o veterinário está vacinando os animais contra uma cepa e aquela que está no campo, atacando e causando a doença, é outra;
• Idade ideal: determinar a idade ideal em que as aves devem ser vacinadas para a proteção do plantel.
Existem vacinas inativadas e vacinas vivas. Dessas, as vivas têm maior efetividade porque a estrutura ativa do microrganismo está preservada, garantindo a produção de anticorpos bastante específicos àquela forma com a qual se apresenta o agente causador da doença. Em compensação, há a possibilidade de alguma cepa sofrer mutação e se tornar patogênica, o que a torna de grande risco. As vacinas inativadas, por sua vez, têm maior estabilidade e segurança, pois elas apresentam menor risco de mutação. Entretanto, são menos efetivas.
Quanto às vias de administração, podem ser:
• Gota ocular: possui uniformidade na aplicação, mas necessita de mão de obra e causa estresse no animal;
• Spray: possui uniformidade na aplicação e baixo custo, mas não é recomendada como via de administração para a primeira dose;
• Água: possui praticidade e rapidez, mas leva à desuniformidade de títulos e deixa resíduos na água.
Aprenda mais sobre esse assunto na área Aves Domésticas – Produção e Principais Doenças do VET Profissional, com o Prof. Dr. Marcelo Dias da Silva, Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa e Mestre em Agroquímica também pela Universidade Federal de Viçosa. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!